terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Polícia Civil investiga ameaça a agentes penitenciários de Juiz de Fora


A Polícia Civil investiga o caso dos tiros disparados contra residências de agentes penitenciários em Juiz de Fora. A equipe da TV Integração conversou com um profissional que denuncia os riscos a que estão expostos quem trabalha no complexo prisional na cidade.
Os ataques às duas residências no bairro São Benedito aconteceram na noite do último sábado (27). As casas são de agentes penitenciários, uma delas de um casal de agentes. Os tiros teriam sido disparados por volta das 22h e atingiram paredes, janelas e portão.

Na ação não houve feridos. Segundo um dos agentes, que não quis se identificar, apesar de ninguém ter sido preso há suspeitas de que os disparos teriam sido realizados a mando de presos envolvidos com facções criminosas. “Hoje nós temos um acautelado no Ceresp que é ligado ao alto escalão do PCC. Essa articulação precisa ter uma ligação muito forte com os bandidos daqui. Infelizmente nós não podemos negar que há celulares e outros meios de comunicação dentro dos presídios', explica.

De acordo com os agentes penitenciários, tudo começou há cerca de 35 dias, quando dez presos considerados de alta periculosidade teriam sido transferidos da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires para a de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem. A partir daí as ameaças aos agentes de Juiz de Fora se intensificaram, e alguns teriam sido inclusive jurados de morte.

Por ordem judicial, os mesmos dez presos retornaram a Juiz de Fora na última semana. 'Onde há a questão financeira, não podemos falar mais nada, entendeu? Para quem sabe ler, um pingo é letra', opina o profissional.

Os agentes alegam que para eles a situação se torna cada vez mais difícil. Um deles destaca que só anda armado. 'A maioria dos agente penitenciarios hoje mora em áreas de risco em Juiz de Fora. O tráfico está dominando, todo mundo está andando à mercê dos bandidos, a verdade é essa. Eu não ando sem arma. Se antes eu já ia até à padaria armado, hoje não vou ao banheiro desarmado', conclui.
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), em casos de ameaças os agentes podem procurar a direção da unidade em que estão lotados e pedir para ser incluído no Programa Habitacional Lares Geraes de Segurança Pública.

Neste caso, são imóveis que o estado cede ou aluga, em locais seguros, como moradias para manter a integridade de agentes de segurança penitenciários, policiais civis e militares e bombeiros militares, em situação de risco.
Fonte:Mega Minas

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