quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Comissão Acata Criação do Dia do Agente de Segurança Penitenciário

Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (16/11/2010), a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou parecer do deputado Fábio Avelar (PSC) ao Projeto de Lei 4.821/10, do deputado Irani Barbosa (PMDB), que propõe a criação do Dia Estadual do Agente de Segurança Penitenciário, A SER COMEMORADO ANUALMENTE A 14 DE NOVEMBRO. O Projeto tramitou em turno único e recebeu emenda da Comissão de Constituição e Justiça, de adequação do texto à técnica legislativa, e subemenda da Comissão de Segurança Pública propondo a substituição da expressão Dia Estadual do Agente Penitenciário por Dia Estadual do Agente de Segurança Penitenciário. A proposição seguiu para o Plenário.

Em sua justificativa, o autor do PL afirma que o projeto expressa "o respeito e o reconhecimento" às atividades exercidas pelos agentes penitenciários, "que trabalham com dedicação e eficiência, zelando pelos penitenciários e por nossa sociedade. A perseverança e o compromisso com que os Agentes Penitenciários trabalham deixam nossa sociedade mais tranquila", afirma o deputado.

Fonte:ALMG

domingo, 14 de novembro de 2010

Especial Armas de Fogo – O Colete Balístico



Vamos falar de um equipamento fundamental e indispensável para a atividade policial, e que guarda direta relação com o tema “armas de fogo”. Por quê? Ora, onde há a necessidade do uso de armas de fogo, certamente haverá a necessidade de equipamentos de proteção individual que livrem o policial de ser atingido por qualquer oponente.
É aí que entra o principal equipamento de proteção quando nos referimos a embates com uso de arma de fogo: o colete a prova de balas, ou colete balístico. Quem gosta de filmes épicos certamente já viu as armaduras dos cavaleiros medievais, que tinham àquela época a mesma intenção que os atuais coletes: defender os guerreiros dos ataques armados dos inimigos. A diferença é que na Idade Média a espada e as lanças eram os instrumentos de ataque, enquanto hoje nos referimos a revólveres, pistolas, fuzis etc.

Sofisticação nas armas, sofisticação nas armaduras. Os coletes atuais se baseiam em princípios físicos interessantes, e são feitos de materiais bem mais inusitados e diferentes do que o simples metal de outrora. É preciso dizer que existem muitos materiais utilizados na fabricação de coletes, que vão da cerâmica (não aquela dos azulejos e pisos, naturalmente) e alumínio até fibras como o Kevlar. Como é impossível estudar todos os materiais utilizados na fabricação dos inúmeros tipos de coletes existentes, vamos nos ater a dois princípios que considero básicos na função que o colete a prova de balas exerce ao entrar em contato com o projétil, aos quais vou denominar “Princípio da Bola de Futebol” e “Princípio do Carro de Fórmula 1″:



Princípio da Bola de Futebol




Por que usar fibras num colete a prova de balas? Imagine uma bola de futebol indo em direção à rede da trave. A rede, aqui, representa nossa fibra, a bola, o projétil que foi disparado. Assim que a bola (projétil) entra em contato com a rede, a energia contida no movimento da bola é transferida para a rede. Percebam que isso não é feito de maneira muito localizada, já que quase todas as linhas da rede recebem parte da energia (por isso se movimentam).

A fibra de um colete exerce essa mesma função: absorve a energia contida no projétil e dispersa para toda a sua área. Caso isso não ocorresse, o impacto localizado se efetivaria, e a lesão no indivíduo seria inevitável (mesmo sem perfuração). É esse poder de dispersão que faz um colete eficiente. Apesar de haver substancial diferença na densidade das fibras de um colete em comparação com uma rede de futebol, o princípio utilizado é o mesmo.

Princípio do Carro de Fórmula 1




A aerodinâmica de um carro de Fórmula 1 é algo fenomenal. Cada estrutura do automóvel é milimetricamente projetada para seu objetivo: atingir centenas de quilômetros por hora de velocidade. O que ocorreria se substituíssemos a chaparia de um carro de Fórmula 1 pela chaparia de um fusca, mesmo mantendo seu motor? Certamente, a velocidade alcançada seria bem menor, mesmo que ignorássemos o peso das duas chaparias. Se os projéteis das armas de fogo fossem dispostos nos cartuchos de maneira inversa ao convencional (com a parte “fina” para dentro do estojo), certamente obteríamos um efeito análogo no que se refere ao seu poder de perfuração.

Os coletes a prova de balas fazem justamente isso: deformam os projéteis para que eles se tornem “fuscas”, mesmo que seus motores (armas de fogo) sejam os melhores possíveis. Quanto mais deformado estiver o projétil, menos perfurante ele ficará, e mais fácil sua energia se dissipará na estrutura do colete.

* * *

Unindo o Princípio da Bola de Futebol com o Princípio do Carro de Fórmula 1, fica fácil entender basicamente como funcionam os coletes a prova de bala. Porém, nem tudo é tão fácil assim… Cada colete tem uma capacidade máxima de resistência à ação dos projéteis. A depender do material que o compõe e de como estão dispostos, os coletes resistirão mais ou menos às diversas munições e armas utilizadas. Para deixar isso claro, existe uma classificação do Ministério da Defesa, onde são regulamentados os coletes de acordo com a energia (em joules) que suporta:




É importante frisar que apenas militares, policiais e empresas de segurança particular podem ter autorização para adquirir coletes balísticos no Brasil – ou mesmo membros do Ministério Público e do Judiciário que justifiquem seu uso. É um debate interessante a extensão do direito a todos os cidadãos, algo que me oponho momentaneamente, pelo menos enquanto durar o poder bélico e financeiro do Tráfico de Drogas no Brasil, e a direta possibilidade do contrabando mais fácil desse material.

Aos Profissionais da área de segurança, é injustificável o não uso do colete, em qualquer ocasião do serviço. Não são raras as vezes em que o colete balístico se mostrou mais importante que a própria arma de fogo. Que os policiais e os governantes nunca se esqueçam disso.

Especial Armas de Fogo – O Coldre


Vamos tratar de um assunto polêmico, daqueles que geram fervorosas discussões, com carência de consensos principalmente pela falta de estudos produzidos sobre o tema. Afinal, qual o coldre ideal para se utilizar ?
Antes de tudo, é preciso observar o que queremos num coldre. Quais são as características indispensáveis que ele deve possuir? Basicamente, podemos elencar os três aspectos abaixo:


Facilidade de Saque


Um bom coldre deve dar boas condições para o atirador sacar a arma de maneira rápida e precisa. Se o usuário da arma de fogo precisar usar mais que uma mão para fazê-lo, provavelmente o coldre em questão não favorecerá sua atuação no combate armado, onde frações de segundo são definitivos.


Proteção do Armamento


O coldre deve proteger o armamento, em dois sentidos: proteger das intempéries, já que a atividade policial por vezes obriga o profissional a se expor ao sol, chuva, lama, areia etc. E deve também proteger a arma de quem tente desapossar o policial dela. Assim, o bom coldre é aquele que dá facilidades de saque ao policial e dificuldades aos que tentem tomar o armamento – inclusive protegendo-o de quedas.


Conforto ao atirador


O coldre deve deixar o atirador se sentir como se não estivesse portando arma – salvo, é claro, a postura psicológica exigível daqueles que estão na posse de qualquer armamento. Quanto menos o peso e o volume da arma for transferido para o corpo do atirador, melhor.


Convencionais, Táticos e Ocultos



Os modelos de coldre, e os critérios para escolhê-lo, variam conforme o objetivo a ser alcançado pelo usuário. A maioria dos policiais compram coldres para utilizar ostensivamente, no dia-a-dia da atividade policial. Para este fim, coldres de nylon e couro são os mais comuns. Observe-se que cada força policial brasileira tem peculiaridades em relação à aquisição deste equipamento, indo daquelas que não permitem ao policial o uso de coldres particulares, diferentes dos fornecidos pela corporação, até as que permitem o uso de qualquer tipo de coldre, conforme as opções pessoais dos policiais.

Os coldres táticos, geralmente feitos de polímero, são melhores acabados e projetados. Possuem travas mais confiáveis e dinâmicas, além de acondicionarem o armamento levando em conta todas as suas saliências – por isso coldres táticos são fabricados para armas específicas. São equipamentos mais caros, mas feitos para aqueles que não querem correr o risco de errar um saque, algo fatal para uma atuação tática, principalmente de uma força especial.

Por fim, existem aqueles coldres fabricados para ocultar a arma no corpo do atirador. Modelos para tornozelos, tórax e axilas são mais comuns, e devem ser o mais discretos possíveis, já que pretendem servir a policiais à paisana, ou mesmo como “back-up” numa ação policial.

Não podemos esquecer que o uso de determinado tipo de coldre deve ser uma escolha pessoal, sendo completamente anti-técnico que uma força policial obrigue seus homens a utilizar determinado tipo de equipamento. A compleição física, a força, tamanho da mão e dos braços são alguns dos aspectos a se considerar no momento de escolher um coldre. Obviamente, a uniformização, no caso das polícias militares, deve ser respeitada, mas consideremos que quase nada no serviço policial é ordem unida. A vida de cada PM, neste caso, é o valor a se considerar.

Devemos sempre testar os coldres – de cintura, de perna ou qualquer outro – antes de defini-los como ideal para o serviço. Simule os obstáculos e situações que poderá enfrentar, e lembre que quanto mais você usar e treinar com seu coldre, e se acostumar com ele, mais ele passará a “fazer parte” do seu corpo. É por uma questão de vida ou morte.

Especial Armas de Fogo – Revólver 38



A pistola caiu no gosto das polícias brasileiras, a relativa grande quantidade de munição que sua recarga comporta, seu mecanismo de operação semi-automático e o efeito de seus impactos (notadamente a de calibre .40), são motivos suficientes para justificar as contínuas aquisições desse armamento pelas corporações policiais. Apesar do sucesso das substitutas, os substituídos estão longe de ficar para trás – o consenso é que o “trez oitão” tem qualidades que ainda não foram superadas pelas pistolas.

O Revólver é a única arma de fogo que possui várias câmeras (variando entre cinco e oito) para um único cano. Estamos falando duma peça chamada “tambor”, popularizada simbolicamente nos filmes de faroeste, onde os mocinhos e bandidos giravam os de seus revólveres como roletas, antes de fechá-los. Com mais simples e popular manuseio que as pistolas, os revólveres tem a fama de nunca falhar, e de ter um alto poder incapacitante em seus alvos. Essas funcionalidades foram proporcionadas pelo norte-americano Samuel Colt, o inventor do revólver…



Samuel Colt e o Revólver



Em 1836 um jovem de 21 anos realizou um feito que, para muitos historiadores, mudou o curso da história mundial. Imaginem a mudança de mentalidade e de possibilidades belicistas existentes num mundo que só possui armamentos que disparam apenas uma munição por recarga quando esses equipamentos passam a fazê-lo com cinco ou seis munições. Foi essa a evolução implementada por Colt, que ao observar o funcionamento do eixo tracionador de um navio em que servia como marinheiro teve a brilhante idéia de anexar à arma de fogo um tambor que, após efetuado um disparo, girava e recarregava a arma, deixando-a pronta para um novo tiro.
Tudo que veio após a invenção de Colt não foi tão revolucionário quanto o que ele fez. A criação foi patenteada, e o slogan que caracterizou as novas possibilidades alcançadas com o invento foi o seguinte: “Abraham Lincoln tornou todos os homens livres, mas Samuel Colt os tornou iguais”. A marca de armas Colt quis dizer que a partir de então não importava a força física ou o poder que o indivíduos possuíam, pois a possibilidade de defesa e ataque que o armamento Colt oferecia anulava todas essas variáveis.

.38 Smith & Wesson (SPL)

Em 1902 a Colt desenvolveu o revólver calibre .38 Long Colt, mas que não mostrou um bom poder incapacitante (poder de parada) durante a guerra das Filipinas. Foi então que uma outra fábrica de armamentos, a Smith & Wesson, desenvolveu o .38 Special, ou 38 Special, ou mesmo .38 SPL, que passou a ser a principal arma de fogo utilizada pelas forças policiais norte-americanas entre 1920 e 1980, sendo substituídas, como está ocorrendo no Brasil atualmente, pelo calibre .40 S&W.
Abaixo, imagem do revólver 38 SPL fabricado atualmente pela pela Smith & Wesson:

Especificações Técnicas

É importante ressaltar que o projétil disparado pelo revólver .38 SPL tem diâmetro de .357 (ou 0,357) polegada, ao contrário do que parece ser. Isso significa que o revólver de calibre .357 aceita munições .38, mas o contrário não ocorre, em virtude do comprimento do cartucho .357. Abaixo, as especificações do revólver .38 SPL, do modelo mais usado nas polícias brasileiras:
- Calibre: .38 SPL;
- Nº de Tiros: 6;
- Peso: 1,015 kg;
- Comprimento do Cano: 10,1 cm;
- Comprimento Total: 23,7 cm ;
- Velocidade do projétil: Aprox. 700 km/h;
- Alcance total: Aprox. 375 metros;
- Alcance útil: 100 metros.

Especial Armas de Fogo – As Miras – Laser, Telescópica…




Atirar é uma coisa, acertar o alvo é algo completamente diferente, e mais difícil. Até então, nada é mais recomendável para se tornar um bom atirador do que treinar – muito – as técnicas de tiro. Só se aprende a atirar atirando, principalmente quando se está utilizando o armamento que será empregado no cotidiano, no caso dos policiais.

Apesar dessa verdade sobre a necessidade de treinamento, desde quando começou a fabricar armas, o homem procurou encontrar mecanismos eficientes para tornar o tiro mais preciso. A esses mecanismos damos o nome de “mira”, que se utilizam de equipamentos como satélites, através dos quais mísseis supermodernos são teleguiados, até simples saliências nos canos das armas, facilitando o direcionamento do projétil ao alvo desejado.



Alça e Massa de Mira







A saliência a que nos referimos acima é comum em praticamente todas as armas de fogo fabricadas na atualidade. Na verdade, são duas saliências: a alça de mira e a massa de mira, localizadas na parte anterior e posterior da arma de fogo, respectivamente. Basicamente, a alça é uma saliência na parte de trás da arma, com um vazio que será preenchido corretamente na visão do atirador se ele alinhar a alça com a massa de mira, saliência localizada na extremidade do cano da arma. Quando a alça estiver preenchida com a massa de mira na visualização do atirador, o disparo deve ser realizado, pois a precisão certamente ocorrerá. A desvantagem é que, com esse mecanismo, um tiro perfeito tem que ser feito com um dos olhos fechados.



Mira Telescópica







Outro tipo de mira, geralmente utilizado em armas longas, é a mira telescópica. Ela é nada mais que uma lente de aumento, com uma compensação, onde o atirador pode visualizar seu alvo e centralizá-lo no campo de visão da lente (geralmente marcado por linhas perpendiculares). Após centralizar o alvo, basta realizar o disparo. Lentes telescópicas são muito utilizadas por atiradores de elite, que realizam disparos com armas longas a muitos metros de distância.



Mira a Laser







As miras a laser, diferentemente da mira convencional “alça e massa” e da mira telescópica, não se utilizam apenas da visão do atirador, através de um mecanismo de compensação, para determinar o alvo a ser atingido. As miras a laser, geralmente embutidas em armas curtas ou longas, têm a funcionalidade de projetar um feixe de luz sobre o alvo, fazendo com que o atirador visualize um ponto luminoso no local a ser atingido. O grande problema das miras a laser é que dificilmente servirão para locais iluminados, e, em ambientes escuros, fazem com que o policial seja percebido assim que ela é acionada. Sua vantagem é a possibilidade de realizar um disparo preciso com ambos os olhos abertos.

* * *

É importante frisar que o tiro policial, via de regra, ocorre instintivamente, não havendo tempo hábil para que se utilize os recursos das miras – aí, mais uma vez, entra a necessidade de treinamento. Porém, trata-se de um mecanismo que, a depender da necessidade de emprego, poderá ser determinante para abater um oponente, salvando, assim, a vida dos policiais e demais pessoas envolvidas numa ocorrência. Se você puder usar as miras, não dispense esse recurso, sempre lembrando da possibilidade e necessidade do tiro instintivo, a curta distância, qualquer momento.

Especial Armas de Fogo – Silenciador


Os espectadores do cinema norte-americano, como este blogueiro que vos escreve, são fascinados pelos apetrechos utilizados pelos policiais nos filmes. Dentre eles, o silenciador é dos que traz mais interesse, pois consegue um feito quase que inacreditável, a supressão do ruído emitido no disparo de uma arma de fogo. Quem já atirou em stands ou em situações reais sabe o volume de som produzido por uma pistola de calibre .40, por exemplo, de modo que uma instrução não pode ocorrer sem

o uso de abafadores – sob pena de haver estragos para a saúde auditiva dos presentes.

Mas como uma peça tão diminuta como os silenciadores podem suprimir todo esse volume de ruídos? O que parece difícil, na verdade, é explicado por um mecanismo simples. Primeiro, precisamos entender de onde vem o ruído que gera o estampido. Basta imaginar a arma de fogo como uma garrafa de champagne. Quando agitamos bem a garrafa, os gases pressionam a rolha, e esta, ao ser lançada para fora da boca da garrafa, produz um estampido. É assim que ocorre com o projétil, mas com uma pressão inúmeras vezes maior, pois não estamos falando do CO2 impulsionando uma rolha de cortiça, mas dos gases provenientes da queima da pólvora impulsionando um projétil de metal – que passa pelo cano, como a rolha na boca da garrafa, com relevante arrocho. Ao sair do cano, o estampido acontece – simultaneamente ao recuo, e aí está o porquê do recuo não influenciar na trajetória do projétil.

Para entender como funciona o silenciador, recorro à Revista Superinteressante e ao HowStuffWorks:

“A pressão atrás da bala é imensa, cerca de 750 kg por metro quadrado. O silenciador que é enroscado na extremidade do cano tem um grande volume. Cerca de 20 ou 30 vezes maior do que o cano. Com o silenciador instalado, o gás pressurizado atrás da bala tem um espaço maior para se expandir. Então, a pressão do gás quente cai significativamente. Quando a bala sai do buraco do silenciador, a pressão é muito menor. Cerca de 15 kg por metro quadrado. Portanto, o barulho do disparo é muito menor.”
“O silenciador consiste em um cilindro fixado à boca da arma, contendo uma série de câmaras separadas umas das outras por abafadores metálicos com orifícios centrais. A bala atravessa os orifícios deixando atrás os gases que se espalham pelas câmaras antes de sair para a atmosfera. O aparelho não é eficaz para balas de rifles, cuja velocidade é maior que a do som, o que produz por si só um estampido. Tampouco serve em revólveres, já que não impede o escape de gases pelo cilindro que contém os cartuchos.”
Veja o vídeo abaixo, de apenas dez segundos, onde são mostrados disparos de uma pistola com silenciador:



O Policial Brasileiro pode usar Silenciador?


Apesar da sedução que os supressores de ruídos causam nos atiradores, o uso desse material é restrito, conforme o Decreto Federal nº 3.655, que modificou o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105):

Art. 16. São de uso restrito:

XII - dispositivos que constituam acessórios de armas e que tenham por objetivo dificultar a localização da arma, como os silenciadores de tiro, os quebra-chamas e outros, que servem para amortecer o estampido ou a chama do tiro e também os que modificam as condições de emprego, tais como os bocais lançagranadas e outros;

Isso significa que a aquisição legal desse equipamento depende de prévea autorização das Forças Armadas, sendo proibido seu uso civil. Na prática, nem sequer policiais podem adquirir silenciadores para uso particular. O motivo é óbvio: o silenciador potencializa a utilização da arma de fogo sem que o usuário seja flagrado em seu intento, o que gera muitas possibilidades de abuso, como a ocorrência de crimes com difícil localização do suspeito. Alguns grupos táticos de polícias brasileiras possuem o equipamento, para o caso de invasões táticas onde seja necessário abater criminosos localizados em pontos diferentes, sem que os demais percebam a ação. Fora dessas utilizações, no Brasil, os silenciadores não passam de coisa de filme.

Especial Armas de Fogo – Bala, Projétil, Munição, Cartucho…


É comum observarmos, mesmo por policiais já experientes o mau emprego de termos como “estojo”, “projétil”, “cartucho” etc. Para sanar essa dúvida entre nossos leitores, aí vai um pequeno glossário explicativo do que significa algumas dessas palavrinhas que muitas vezes nos confunde:

Cartucho




Vamos começar definindo cartucho, a unidade de alimentação duma arma de fogo. Um cartucho é composto por estojo, propelente, projétil e espoleta. Esse conjunto de artefatos resultará no necessário para a realização de UM disparo com uma arma de fogo. Acima, você vê um cartucho de calibre 7,62.

Projétil



Como disse acima, o projétil é apenas uma parte do cartucho. É ele que transfixa o alvo, é a “ponta” móvel (no caso de cartuchos de revólveres e pistolas) que se desprende do cartucho quando a arma de fogo é disparada. Acima, um prójetil, após o disparo.

Estojo



O Estojo, que também é parte do cartucho, é o que vulgarmente se chama de “casca” do cartucho. É o compartimento onde a pólvora – propelente – é armazenada, e é ejetado das armas semi-automáticas quando o disparo é efetuado (pistolas), ou, no caso do revólver, a parte que fica no “tambor”.

Espoleta



É a capsula responsável pela chama inicial no interior do estojo, fazendo com que ocorra a queima do propelente (pólvora) e o desprendimento do projétil ao estojo. Geralmente, em estojos dourados, a espoleta é cromada, ficando na parte anterior do cartucho.

Munição


Munição é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de cartuchos. Quando dizemos que a “munição” acabou, queremos dizer que não há sequer um cartucho para realizar disparos.
Acredito que a utilização desses termos, além de tornar mais fácil a comunicação, pois ao se referir a qualquer um deles, o atirador está deixando claro a que artefato está se referindo, exibe o grau de profissionalismo de quem lida com armas de fogo. Esqueça, por exemplo, o termo “bala”, que vulgarmente é utilizado como sinônimo de “cartucho”, principalmente se você for policial, já que a terminologia usada é um dos diferenciais entre o profissional técnico e o amador. Além disso, é muito mais elegante.

Especial Armas de Fogo – O Calibre


Vou falar de um assunto que gera muita confusão entre alunos e amadores (ou profissionais distraídos) no mundo das armas de fogo: o calibre. Sim, pois quem em algum momento nunca se perguntou o que querem dizer quando especificam que uma arma tem o calibre “.40″ ou “.380″, “7,62″? Já ouvi policiais com muitos anos de serviço afirmarem que o calibre de uma pistola .380 é a mesma coisa que o calibre do revólver .38. Acreditem!

Mas, como sempre ouvi na escola, devemos ter vergonha de errar, não de perguntar – principalmente quando se trata de arma de fogo, onde um erro pode ser fatal. Por isso, vamos responder às perguntas: o que é calibre? Qual a diferença entre eles? Vamos lá…

Calibre – Real e Nominal - Primeiro é preciso ressaltar que a palavra “calibre” não se refere apenas a armas de fogo, pois ela pode ser descrita apenas como o “diâmetro de um tubo”, qualquer que seja ele. Como todas as armas de fogo possuem um cano (tubo), uns mais longos outros mais curtos, para direcionar a trajetória do projétil, usa-se o termo para denominar a “grossura” do cano da arma. Mas aqui entram dois conceitos fundamentais, que irão desembaralhar a cabeça dos confusos no assunto: calibre real e calibre nominal.

Calibre Real - É a medida exata do interior do cano de uma arma. Geralmente, apesar de sua fidelidade métrica, não dá nome a armas e munições. O calibre real costuma ser expresso em milímetros ou em frações de polegadas;

Calibre Nominal - É o calibre que serve para designar as munições e armas, e geralmente não correspondem ao calibre real delas.
Para entender definitivamente, podemos dizer que o calibre nominal é um “apelido” utilizado apenas para denominar uma arma de fogo. Já o calibre real, é a medida matemática do diâmetro do cano da arma. Obviamente, ambas podem até se confundir, a depender de como as armas são chamadas em cada localidade.


Qual diâmetro?


Há ainda outra complicação. Quando estamos falando de armas de alma raiada (sulcos no interior do cano), temos dois tipos de diâmetro a levar em consideração: o “entre cheios”, levando em conta o cano como se não estivesse raiado, e o “entre raias”, tendo como extremidades do diâmetro as raias do cano.
Aqui cabe uma nota interessante: você sabia que os projéteis têm EXATAMENTE o diâmetro do calibre “entre raias”? Sim… Assim, o projétil passará apertado pelo cano, sofrendo fissuras e forçando seu movimento de rotação em torno de si.

O Calibre das armas policiais
Creio que agora já podemos tratar o assunto de modo mais prático verificando os calibres reais e nominais das armas mais usadas no âmbito das polícias brasileiras. Vejam a tabela:


Naturalmente, este post é apenas uma introdução ao tema, já que várias exceções e detalhes existem na denominação dos calibres – que basicamente servem para identificar as armas de fogo. Além disso, lembremos que o diâmetro do projétil, ou o calibre real, apenas, não é suficiente para tornar uma arma mais ou menos letal. É importante observarmos que as características gerais de um armamento são melhor definidas quando sabemos seu calibre nominal, que carrega em seu conceito as peculiaridades de cada arma. Espero que os esclarecimentos tenham sido úteis

sábado, 13 de novembro de 2010

Especial Armas de Fogo – Pistolas



Pistola é uma arma de fogo portátil, leve, de cano curto, elaborada para ser manejada com uma só mão. Uma pistola geralmente é uma arma pequena de boa empunhadura e rápido manuseio, feita originalmente para uso pessoal (uso por uma pessoa) em ações de pequeno-alcance.

No século XV o termo era usado para definir também pequenas facas que podiam ser escondidas dentro das roupas de uma pessoa. No século XVIII o termo começou a ser usado para definir a pequenas armas de fogo de mão.

As pistolas são classificadas por calibre, definindo em vários países as de uso permitido ou não, por suas potências diferenciadas.

Pistolas do mesmo calibre podem utilizar munições diferentes, aumentando seu poder de impacto, perfuração ou dano interno no alvo.

Pistolas são, geralmente, semi-automáticas - disparam um projétil por cada vez que se comprime o gatilho, recolocando um outro cartucho na câmara, pronto para o disparo seguinte. Existem também alguns modelos totalmente automáticos - que podem disparar vários tiros enquanto se mantiver o gatilho pressionado. Sua eficácia é duvidosa, dado o pequeno tamanho da arma (cano) e cadência de tiros muito rápida.

Um modelo automático de pistola é a Mauser 712 uma variante da famosa Mauser C96. Eram bastante comuns as pistolas totalmente automáticas na Espanha, sendo produzidas por exemplo pela fabricante Astra. Atualmente a fabricante austríaca Glock produz um modelo automático, em calibre 9mm, a Glock 18.

Pistolas, além de outras armas de fogo, são utilizadas no tiro esportivo.


Taurus PT58S no momento do disparo



* 1 Partes de uma pistola comum
* 2 Alguns calibres
* 3 Algumas pistolas
* 4 Ver também

Partes de uma pistola comum


Ferrolho

* aparelho de pontaria (alça de mira / massa de mira)
* aparelho de disparo (percusor, mola do percusor, retém do percusor)
* aparelho de extração (extrator - mola)
* alojamento dos ressaltos de trancamento

Chassi (armação) ou "frame"

* ejetor
* mecanismo do gatilho
* registro de segurança
* alavanca de desmontagem
* retém da alavanca de desmontagem
* retém do ferrolho
* alojamento dos ressaltos de trancamento
* rampa de elevação do bloco de trancamento
* batente da armação
* retém do carregador

Cano


* bloco de trancamento (ressalto de trancamento)
* mergulhador
* mola recuperadora
* haste da guia da mola recuperadora

Carregador

* corpo do carregador
* transportador
* mola do transportador
* dente do transportador
Alguns calibres




Pistola .45 no momento do disparo, ejetando a cápsula

* .22 LR (Long Rifle)
* .25 ACP ou 6,35 mm
* .32 ACP ou 7,65 mm
* .380 ACP (Automatic Colt Pistol) ou 9mm Curto
* 9mm Parabellum
* .38 Super Auto
* .357 Sig
* .357 Magnum (cartucho de revólver, com aro, utilizado nas pistolas Desert Eagle)
* .40 S&W (Smith & Wesson)
* .44 Magnum (cartucho de revólver, com aro, utilizado nas pistolas Desert Eagle)
* .45 ACP (Automatic Colt Pistol)
* .400 Cor-bon
* .480 Ruger
* .50AE (Action Express)

Algumas pistolas




Colt .45, Gold Cup, MK-IV

* Magnum Research Desert Eagle: popularmente conhecida através do jogo Counter-Strike
* Taurus PT 138 PRO: pistola brasileira no calibre .380 ACP (9mm Curto)
* Beretta 92FS: de fabricação italiana, muito comum nos Estados Unidos, 9mm Parabellum
* Caracal F pistola de fabricação arabe
* Taurus PT 938 (15+1 tiros) e PT 58 HC PLUS (19+1 tiros), ambas no calibre . 380 ACP, são boas armas.
* Taurus PT 59 S (19+1 tiros), com mira fixa e PT 59 T (19+1 tiros)com mira regulavel ambas também no calibre .380 ACP.
* Walther PPK famosa nos filmes de James Bond o agente secreto 007
* Taurus PT 100 AF .40 S&W (11+1, ou 13+1, com a versão 16+1), pistola muito utilizada pelas policias brasileiras, devido a sua robustez e precisão, projeto muito semelhante ao da já citada Beretta 92FS, da qual é "irmã".



PT-938 Taurus

* Taurus PT-938 arma para defesa, 15+1 tiros, fabricação brasileira, .380 ACP. Boa arma, principalmente com munição tipo Gold, que confere energia de 300 joules e 330m/s de velocidade.

Origem: Wikipédia

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Fuga de presos mobiliza PM e interdita principal avenida de JF

AULAS TIVERAM DE SER INTERROMPIDAS EM UM COLÉGIO AO LADO DO HOSPITAL

Duas horas após a fuga, o aviso: dois presos foram encontrados com uma arma e seis munições. Um dos fugitivos estava com a cabeça sangrando. Mas ainda faltavam dois fugitivos. A PM suspeitou que um deles continuava no matagal.



O trânsito foi interrompido na Avenida Rio Branco. As aulas no colégio ao lado do hospital foram suspensas. Os alunos ficaram por perto acompanhando os trabalhos. E foi pelos fundos da escola que o terceiro preso foi retirado minutos depois. O quarto fugitivo escapou de táxi para a zona Norte da cidade. Equipes foram deslocadas para a região e fizeram buscas durante toda a madrugada, mas Gilcilésio Luís Pacheco, de 36 anos, continua foragido.

Segundo a polícia, três equipes estão à procura do detento foragido. Os policiais ainda pedem que quem tiver informações sobre o caso ligue para o Disque-Denúncia através do 181.




Os três presos recapturados são Mateus Fioravante Silva, de 22 anos; Wesley Aparecido Nascimento, de 26 e Jeandro Santos Zilho, de 30 anos. Eles continuam na delegacia prestando depoimento

Presos rendem agentes e fogem do HPS em Juiz de Fora

A PM MONTOU UM CERCO EM VARIOS PONTOS DA ZONA SUL DA CIDADE NA PERSEGUIÇÃO AOS FORAGIDOS

Movimentação policial na noite desta quinta-feira (07) em Juiz de Fora. A Polícia Militar (PM) mobilizou todo o efetivo na perseguição a quatro presos que fugiram do Hospital de Pronto Socorro (HPS) após render agentes penitenciários.

A PM montou um cerco em vários pontos da zona Sul da cidade com viaturas e cães farejadores e concentrou a ação em uma mata, nos fundos de um colégio, onde os bandidos se esconderam após assaltar um estacionamento.

Depois de quase duas horas de perseguição a polícia conseguiu prender dois dos foragidos. Logo em seguida capturou um terceiro e até às 23h30 continuava na busca de um quarto preso, que teria fugido de táxi para o bairro Santa Cruz, zona Norte de Juiz de Fora.

Agente penitenciário é baleado em Contagem (MG)

Funcionário foi atingido após deixar Penitenciária Nelson Hungria
Suspeitos balearam um agente penitenciário com nove tiros de pistola na noite da terça-feira (28), após ele deixar a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

O funcionário se deslocava para casa, que fica na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e no meio do caminho foi abordado por dois homens que estavam em um carro prata. A dupla atirou contra a vítima e fugiu em seguida. As informações são do 38º Batalhão da Polícia Militar de Contagem.

O agente foi socorrido por uma viatura da Polícia Militar, levado para uma clínica em Contagem, onde recebeu os primeiros socorros, e, em seguida, encaminhado para o hospital municipal, onde ficou internado. A polícia não tem pistas dos suspeitos e o que teria motivado o atentado.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Defesa Social Assume Cadeia Pública de Santa Rita do Sapucaí

A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) assumiu nesta quinta-feira (07.01) a cadeia pública da cidade de Santa Rita do Sapucaí, no Sul Minas, chegando à marca de 111 unidades prisionais sob sua responsabilidade. Cerca de 40 agentes participaram da operação, que incluiu procedimentos de busca nas celas e distribuição de kits compostos de uniformes, cobertores, toalhas, escovas de dente e produtos de higiene pessoal para os recuperandos.


Com a transferência, três policiais (um civil e dois militares) foram liberados para desempenhar suas funções específicas de investigação e policiamento preventivo e repressivo, dando lugar a 55 agentes penitenciários, especialmente treinados para assumir a tarefa de guarda e escolta de presos.

Ao assumir o comando da unidade, a Suapi transforma a cadeia pública em presídio, promovendo mudanças estruturais que vão desde o uso de uniforme obrigatório por parte dos detentos até estabelecimento de novas normas de visitação. A partir de agora só será permitida a entrada do visitante que providenciar seu cadastro na portaria, mediante apresentação de documentos como atestado de antecedentes criminais, comprovante de residência e cópias do RG e CPF.


Disciplina


Para viabilizar as adequações, nos primeiros 30 dias após a assunção (implementação das mudanças), as visitas aos presos ficarão suspensas. A medida faz parte do Procedimento Operacional Padrão (POP), manual que disciplina os direitos e deveres dos detentos, funcionários e visitantes, que é adotado em todas as unidades prisionais do sistema de Defesa Social. O presídio passará ainda por uma reforma nos sistemas elétrico e hidráulico.


Os detentos terão atendimentos jurídico, social, odontológico, médico, psicológico e quatro refeições diárias, com cardápio supervisionado por nutricionista. “Hoje cumprimos mais uma etapa do compromisso do governo de tirar dos policiais civis e militares a obrigação de cuidar de presos, devolvendo-os às suas funções institucionais de investigação e policiamento ostensivo”, afirmou o subsecretário de administração prisional, Genilson Ribeiro Zeferino.


Somente em 2009, a Suapi assumiu 22 carceragens da Polícia Civil. De 2003 até hoje, foram 60. Também foram inaugurados os presídios de São Joaquim de Bicas II, Itajubá e Pouso Alegre, o Complexo Penitenciário de Ponte Nova e o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Vespasiano. Além disso, 2009 terminou com todas as cadeias públicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte transferidas para a Seds.

Fonte :Seds